Se você é daqueles que só compra livros de auto-ajuda e tem a esperança de um dia tornar-se tão rico e tão bem sucedido quanto a maioria dos caras ricos e bem sucedidos que escrevem esse tipo de livro, vou dar uma dica: Pare de comprar estas porcarias agora e compre Musashi. E não, eu não fiquei rico lendo esse livro, mas ele me deu alguns "insights" que ajudaram muito.
O livro conta a história de Myamoto Musashi. "O mais famoso samurai de todos os tempos" , que viveu nos ultimos anos do Japão feudal e virou lenda por seus feitos.
Embora Musashi tenha realmente existido (e até escrito alguns livros) o livro é uma obra de ficção, e conta a história de Musashi desde os seus 16 ou 17 anos, até a idade adulta, cerca de 30 ou 40 anos, se não estou enganado (li o livro à 7 anos atrás, perdão).
Musashi é um adolscente rebelde quando o livro começa. Filho de um famoso samurai, alista-se no exército e luta na batalha de Sekigahara. Depois disso volta para a vila e acaba sendo expulso pelos aldeões. Cai no mundo procurando por duelos e adversários que o tornem mais forte. Torna-se um rounin, um samurai sem mestre.
O que acontece nessa trajetória é a essência do livro. Um jovem que acredita apenas em sua força descobre que não é apenas isso que basta para vencer um duelo. Também são necessários concentração, estratégia, disciplina e um espírito preparado.
Durante a jornada, Musashi conhece a literatura, desenvolve gosto pelas artes, aprende técnicas de agricultura e por fim desenvolve um novo estilo de esgrima (com duas espadas, o que lhe deu a fama).
A história de Musashi mostra que não há atalhos no caminho do aprimoramento. Você deve aceitar que leva tempo até dominar determinada habilidade. E que no caminho você vai errar diversas vezes. O importante é refletir sobre cada derrota ("Porque perdi?") e não se vangloriar demasiadamente depois de uma vitória.
Também mostra que, para nos tornamos "completos" devemos adquirir e aprimorar várias habilidades ao longo da vida. Musashi aprendeu agricultura por necessidade. Numa analogia atual, imagine o que acontce com alguém que é muito bem remunerado pelo que faz, mas simplesmente não sabe como poupar ou investir esse dinheiro. Ou alguém que é muito bom tecnicamente, mas não consegue se relacionar com os colegas de trabalho.
Musashi inovou ao criar um novo estilo de esgrima que utilizava duas espadas. Mas isso só depois de muitos duelos com espadachins com estilos de esgrima variados e até contra outras armas diferentes da espada. Onde eu trabalho, buscamos inovação. Não basta acordar numa bela manhã de sol e dizer "Ah, hoje vou inventar algo novo!", ou correr até a livraria mais próxima e comprar "Inovação for dummies". É preciso vivenciar o processo, fazer parte de algo, só depois se consegue partir para novas idéias, e mesmo assim é difícil.
E finalmente, algo que acalmou muitos dos meus temores: "Quando achar que deve ser um general, seja um general. Quando achar que deve ser um monge, seja um monge". O significado disso eu deixo como exercício para o leitor.
Enfim, o que quero dizer com tudo isso é que muitas vezes saimos como loucos tentando aprender algo novo rapidamente ("Eu preciso aprender isso em um mês!"), porque algum babaca disse que a nova moda agora é o método-foobar-porque-fulano-fez-assim-e-ficou-rico, e acabamos desistindo no meio do caminho, ou adquirindo apenas um conhecimento medíocre e superficial sobre alguma coisa. Quando na verdade deveríamos estar tornando tal coisa um hábito, e praticando-a, em nosso próprio tempo, observando cada detalhe e aprendendo com cada erro.
A literatura pode até ajudar, mas não se esqueça de que você é quem tem que definir o seu estilo de esgrima.
O livro conta a história de Myamoto Musashi. "O mais famoso samurai de todos os tempos" , que viveu nos ultimos anos do Japão feudal e virou lenda por seus feitos.
Embora Musashi tenha realmente existido (e até escrito alguns livros) o livro é uma obra de ficção, e conta a história de Musashi desde os seus 16 ou 17 anos, até a idade adulta, cerca de 30 ou 40 anos, se não estou enganado (li o livro à 7 anos atrás, perdão).
Musashi é um adolscente rebelde quando o livro começa. Filho de um famoso samurai, alista-se no exército e luta na batalha de Sekigahara. Depois disso volta para a vila e acaba sendo expulso pelos aldeões. Cai no mundo procurando por duelos e adversários que o tornem mais forte. Torna-se um rounin, um samurai sem mestre.
O que acontece nessa trajetória é a essência do livro. Um jovem que acredita apenas em sua força descobre que não é apenas isso que basta para vencer um duelo. Também são necessários concentração, estratégia, disciplina e um espírito preparado.
Durante a jornada, Musashi conhece a literatura, desenvolve gosto pelas artes, aprende técnicas de agricultura e por fim desenvolve um novo estilo de esgrima (com duas espadas, o que lhe deu a fama).
A história de Musashi mostra que não há atalhos no caminho do aprimoramento. Você deve aceitar que leva tempo até dominar determinada habilidade. E que no caminho você vai errar diversas vezes. O importante é refletir sobre cada derrota ("Porque perdi?") e não se vangloriar demasiadamente depois de uma vitória.
Também mostra que, para nos tornamos "completos" devemos adquirir e aprimorar várias habilidades ao longo da vida. Musashi aprendeu agricultura por necessidade. Numa analogia atual, imagine o que acontce com alguém que é muito bem remunerado pelo que faz, mas simplesmente não sabe como poupar ou investir esse dinheiro. Ou alguém que é muito bom tecnicamente, mas não consegue se relacionar com os colegas de trabalho.
Musashi inovou ao criar um novo estilo de esgrima que utilizava duas espadas. Mas isso só depois de muitos duelos com espadachins com estilos de esgrima variados e até contra outras armas diferentes da espada. Onde eu trabalho, buscamos inovação. Não basta acordar numa bela manhã de sol e dizer "Ah, hoje vou inventar algo novo!", ou correr até a livraria mais próxima e comprar "Inovação for dummies". É preciso vivenciar o processo, fazer parte de algo, só depois se consegue partir para novas idéias, e mesmo assim é difícil.
E finalmente, algo que acalmou muitos dos meus temores: "Quando achar que deve ser um general, seja um general. Quando achar que deve ser um monge, seja um monge". O significado disso eu deixo como exercício para o leitor.
Enfim, o que quero dizer com tudo isso é que muitas vezes saimos como loucos tentando aprender algo novo rapidamente ("Eu preciso aprender isso em um mês!"), porque algum babaca disse que a nova moda agora é o método-foobar-porque-fulano-fez-assim-e-ficou-rico, e acabamos desistindo no meio do caminho, ou adquirindo apenas um conhecimento medíocre e superficial sobre alguma coisa. Quando na verdade deveríamos estar tornando tal coisa um hábito, e praticando-a, em nosso próprio tempo, observando cada detalhe e aprendendo com cada erro.
A literatura pode até ajudar, mas não se esqueça de que você é quem tem que definir o seu estilo de esgrima.